O CAOS PROVOCADO PELOS FILHOS DE ABRAÃO – Parte 2

Pastor Jean Max
Ministro do Evangelho , pastor auxiliar da ADIG (Assembleia de Deus na Ilha do Governador) Conferencista Internacional casado com a cantora Mízi Lenne, pai de Três filhos.

Na edição anterior vimos que Ismael, filho bastardo de Abraão, tido pelo mundo cristão como pai do mundo árabe, é o único responsabilizado pela ascensão do terrorismo. Também vimos que essa é uma opinião injusta e historicamente descabida. Crer numa ideia simplista como essa é, em última análise, creditar às mãos de Deus o sangue de todas as pessoas que vêm sendo vitimadas pelo extremismo Islâmico. Tal pensamento não se alinha ao caráter divino que conhecemos pela Bíblia Sagrada.

Respondendo às perguntas que foram feitas, Abraão não é o responsável pelos crimes de terrorismo cometidos hoje. Filhos bastardos não são a razão do caos que as sociedades vivem hoje. Eles não são malditos porque são filhos bastardos. Ninguém pode ser responsabilizado por nada que tenha acontecido antes do seu nascimento (Ez 18.20a – “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai”). CASTIGO GERACIONAL é mais uma mentira que Satanás desenvolveu para prender pessoas em suas próprias culpas, enquanto faz com que fujam de responderem por seus próprios atos (Lm 3.39 – “De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados”).

Ninguém está “pagando” pelo “pecado” de Abraão. O terrorismo que vemos praticado hoje não é consequência do “erro” desse patriarca hebreu. Na verdade, contrariando o que afirmei na outra edição, em nenhum lugar na Bíblia Deus chamou a relação de Abraão com Agar de erro ou pecado. Naquele tempo não se podia exigir isso dele, como hoje se faria com justiça. Deus não cobra de ninguém aquilo que a pessoa não tem condições de dar. Ele não exige que cavalos voem porque Ele não deu asas aos cavalos. Esse é o mesmo princípio que assegura a salvação das crianças (Mc 10.14). As crianças ainda não têm o que um adulto tem ou já deveria ter. Deus não cobra de um pequenino o mesmo que exige de um adulto. Claro que isso não é um argumento para a cultura da ignorância, visto que alguns preferem dizer: “É melhor nem saber, para não ter que responder por isso depois”.

Uma vez que a Bíblia já está escrita, ninguém mais pode alegar ignorância. Jesus falou desse princípio quando disse “errais porque não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus” – Mt 22.29 e Mc 12.24. Logo, se temos as Escrituras, quando a contrariamos, mesmo por ignorância, isso é um erro. Abraão não tinha as Escrituras para ser responsabilizado pelo que fez. Deus não chamou Ismael de erro, nem de fruto de pecado, como muitos afirmam. Aliás…

É a história de Ismael que nos ensina que Deus nunca quis que homens casados saíssem por aí fazendo filhos em outras mulheres, caso suas esposas fossem estéreis. É o que concluímos do desfecho dessa história, pois Deus disse: “Abraão, manda embora o menino com a sua mãe” – Gn 21.10. Vendo um fechamento desses, todos os outros homens deverão dizer a si mesmos que não vale a pena fazer filho fora do casamento porque Deus não os verá como herdeiros legítimos; eles serão bastardos.

Como já visto na edição anterior, o mundo árabe não descende apenas de Ismael; os filhos de Quetura também são pais dos árabes. O mundo árabe que vemos hoje é uma combinação de muitas famílias que descendem de Abraão de outros hebreus. O Oriente Médio, a Europa Oriental, a Ásia Menor e o Norte da África é hoje o lar do mundo árabe. Por muito tempo essa região só definia para nós o que chamávamos de Janela 10×40, um lugar a ser alcançado pela obra missionária das nossas igrejas.

Porém, hoje esse mesmo lugar define o palco dos nossos piores pesadelos. Negligenciamos a alma dessas pessoas por cerca de cem anos e agora colhemos os frutos dessa negligencia. Negar a verdade aos filhos de Ismael e aos filhos de Quetura é o que explica a ascensão do terror. Essa é a nossa colheita. Nesses mesmos lugares onde hoje o nome de Jesus não pode ser pronunciado, por causa da cultura mulçumana extremista, no passado tivemos igrejas cujos nomes são citados na própria história bíblica.

O meu conselho sobre o tema é simples: em vez de temer o terror, vamos amar os homens que descendem de Ismael. Vamos amar os filhos de Quetura. Vamos amar os povos árabes. Uma mulher de burca ou um homem de turbante não pode ser discriminado, temido ou odiado. Eles precisam conhecer em nós o “amor de Cristo, que excede todo entendimento” – Ef 3.19.

 

Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus” – Mt 5.44

 

 

Pr Jean Max

 

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