Vamos matar os adúlteros?

 Vamos matar os adúlteros?
Ministro do Evangelho, pastor da AD RIO – Centro de Convenções da CADB.
Bacharel em Ciência Militares, Teólogo, Conferencista Internacional e casado com a pastora e cantora Mízi Lenne, com quem tem três filhos.

É preciso ter compaixão de um amigo abatido, mas vocês me acusam sem nenhum temor do Todo-poderoso” – Jó 6.14

Recentemente, o mundo gospel foi mais uma vez bombardeado com um escândalo envolvendo um pastor que se envolveu em aventuras sexuais ilícitas. O caso veio à tona em março desse ano.

Foi esse caso que me inspirou a escrever essas linhas, mas não pretendo dar maiores detalhes sobre ele, para não correr o risco de contribuir com Satanás que, além de pai da mentira, tem outras três grandes “habilidades”: nos induzir ao pecado, NÃO guardar segredo e acusar. Minha intenção aqui é apenas explorar às lições que podemos tirar da situação.

O pastor em questão é um jovem bem-sucedido, cujo testemunho público era referência para todos os demais jovens de seu Estado. Mas, ele nutria comportamentos doentios em sua sexualidade. Apesar de ser um homem bem casado, ele se sentia incapaz de resistir às tentações que outras mulheres lhe ofereciam consciente ou inconscientemente.

Esse retrato eclesiástico está longe de ser uma parábola ou um caso isolado. Infelizmente, muitos pastores sofrem e lutam diariamente contra esse tipo de perigo em suas vidas. Uns com “mais razões” por terem péssimos casamentos, outros por pura “sem-vergonhice”. O fato é que esse caso que relatei acima não é exceção. Infelizmente o enfraquecimento dos valores morais está tão arraigado à Igreja quando à sociedade sem Deus. Por isso essas coisas acontecem com uma frequência cada vez maior.

Dito o que já disse, penso que está na hora de lembrar que Jesus afirmou ser NECESSÁRIO QUE VENHAM OS ESCÂNDALOS (Mt 18.7). Isso é assustador. Mas, em quê os escândalos se fazem necessário?

Os escândalos são necessários para remover do nosso meio quem não é do nosso meio. Como assim? Respondo a essa dúvida com uma frase que li no Facebook que diz: “quem saiu da Igreja por causa das pessoas, nunca esteve nela por causa de Jesus”. É triste admitir, mas o escândalo serve como um faxineiro espiritual. Ele remove da comunidade da fé os crentes sem raiz, que plantaram a sua fé nos pedregais, os crentes mi-mi-mi, que não suportam aflições ou decepções (Mt 13.5-6, 20-21).

Em segundo lugar, os escândalos são necessários para revelar a verdadeira face dos falsos crentes. Ai deles!

Por fim, os escândalos são necessários para que possamos revelar de que espírito somos (Lc 9.51-56). Quero falar melhor sobre esse último aspecto.

A palavra escândalo (gr. skandalon) significa pedra que faz tropeçar. Segundo o dicionário bíblico Strong, era o gancho de uma armadilha; uma cilada ou qualquer impedimento colocado no caminho. Algumas traduções mais modernas traduzem, muito apropriadamente, a palavra escândalo como ofensa, visto serem sinônimas. O que isso quer dizer? O que nos escandaliza é aquilo (ou aquele) que nos surpreende de forma tão negativa que chega a “quebrar” o nosso ritmo de fé; nos enfraquecendo e nos desanimando de continuar, por exemplo, frequentando a própria Casa de Deus.

Quando um irmão ou, principalmente, um líder espiritual cai em pecado e fere as expectativas da comunidade cristã, ele não está caindo sozinho, ele está ferindo a comunidade que confiava nele e fazendo com que os mais fracos caiam junto com ele. Isso é o escândalo.

Mas, onde o escândalo, depois de definido acima, serve para revelar de que espírito somos? A resposta é simples.

Qual o sentimento que tenho diante de um acontecimento escandaloso?

Ódio? Vontade de matar quem “feriu” a minha fé? Apedrejar quem me decepcionou? Pedir para Deus mandar fogo do céu e consumir a todos?

QUE TAL SENTIR COMPAIXÃO E TENTAR EXERCER MISERICÓRDIA? “Os misericordiosos alcançarão misericórdia” (Mt 5.7).

Esse é o meu conselho.

O escândalo, apesar dos prejuízos que causa (já denunciados por Cristo), me dá a oportunidade de exercer a Palavra de Deus na prática, sendo um intercessor e não um acusador, ou murmurador.

– “Mas, pastor, e o ZELO pela Casa de Deus e pela santidade do Templo?”. Deixe isso com o Senhor!

– “Mas, pastor, miseráveis assim não podem continuar entre nós. Isso é um demônio disfarçado de cristão, pastor!” – alguém pode afirmar. Sim, talvez, sim. Concordo. Mas, não nos cabe o papel de julgar. Nós só conseguimos ver a aparência. Apenas Deus sonda os corações (1Sm 16.7). Se ele for mesmo um ímpio não se erguerá nunca mais (Sl 1.4-6). Mas, se ele for um justo que caiu, não ficará prostrado.

Vale lembrar que a Bíblia afirma que o JUSTO CAIRÁ SETE VEZES (Pv 24.16), mas, NÃO FICARÁ PROSTRADO. O próprio Senhor o levantará (Jo 8.10-11). Recomendo ainda a leitura de Mq 7.8-9.

Ah, sim! Não posso esquecer!

Quem não tem pecado não precisa seguir esses conselhos.

Que Deus abençoe a todos!

Pr. Jean Max e pastora Mízi Lenne

Destake News Gospel

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