Tropas de Israel que auxiliaram nas buscas em Brumadinho deixam o Brasil nesta quinta

As tropas de Israel que atuam nas buscas em Brumadinho (MG) devem deixar o Brasil nesta quinta-feira, após cinco dias de cooperação com o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais no resgate de vítimas do rompimento de uma barragem da Vale no Córrego do Feijão, na última sexta-feira. Os soldados já deixaram a cidade, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e devem partir da capital mineira. Os trabalhos de resgate, que completam hoje o sétimo dia, devem ser reforçados com equipes de outros estados.

Em paralelo, os trabalhos de resgate foram retomados na madrugada de hoje nas áreas atingidas pela avalanche de lama. As buscas estão concentradas na área do refeitório de funcionários da Vale e na região onde estava localizada a pousada Nova Estância. Os soldados israelenses que contribuíram com as buscas retornarão hoje para casa e foram prestigiados pelos bombeiros. Segundo nota divulgada pela corporação, a homenagem ocorreu no 12º batalhão do Exército em Belo Horizonte. O presidente Jair Bolsonaro agradeceu o trabalho das equipes de Israel pelas redes sociais.

Ao todo, 136 soldados atuaram em solo brasileiro. Eles chegaram ao pais na última segunda-feira e foram enviados pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que mantém relações estreitas com o governo Bolsonaro. As tropas trouxeram 16 toneladas de equipamentos, como drones e sonares utilizados em submarinos capazes de encontrar pessoas em grandes profundidades, além de cães farejadores. A previsão inicial é de que ficariam em torno de uma semana, com a possibilidade de ampliar a estadia conforme a necessidade, mas a missão acabou durando cinco dias.

Com a saída dos soldados de Israel, reforços do Corpo de Bombeiros de vários estados brasileiros devem chegar a Minas Gerais. Os trabalhos de resgate foram retomados por volta das 4h da manhã de hoje. Na última atualização, 99 vítimas fatais foram confirmadas, das quais 57 foram identificadas, além de 259 desaparecidos. O número deve ser atualizado no fim da tarde de hoje. O estrago ambiental foi estimado em 269,84 hectares pelo Ibama, o equivalente a 270 campos de futebol.

População sofre reflexos da lama no rio Paraopeba

Além do drama na busca por vítimas e desaparecidos, moradores da região começam a enfrentar os efeitos da tragédia ambiental. O governo do estado orientou a população a não utilizar a água do rio Paraopeba e a Vale trabalha na instalação de filtros que impeçam a passagem e o avanço dos rejeitos na direção do centro-oeste mineiro.

As Secretarias de Saúde e do Meio Ambiente alertaram que a água do rio pode trazer riscos à saúde humana e animal e que, apesar do contato imediato da água não representar perigo de morte, deve-se manter uma distância de 100 metros da margem do rio. Sedimentos já foram identificados no Paraobeba na altura de Pará de Minas, a cerca de 70 quilômetros de Brumadinho, onde a captação de água já foi interrompida. A Vale instalará na região três membranas que devem filtrar o conteúdo tóxico liberado no rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, na última sexta-feira. O governo mineiro determinou que a companhia forneça água potável para a população de 20 cidades às margens do rio.

Destake News Gospel

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